sábado, 2 de junho de 2012

Amar o inimigo

Amar o inimigo consiste em não aceitar a inimizade que nutrem por mim, mas sim, compreendê-la. A inimizade surge por meio do mecanismo da projeção. Alguém não pode aceitar alguma coisa em si mesmo e projeta em mim, para então poder lutar contra ela.

Geralmente, esta projeção é assumida por mim, que passo então a defender-me dela. O amor ao inimigo se recusa a fazer o jogo do mecanismo de projeção. Ele não reconhece o outro como um inimigo, mas sim como alguém que está dilacerado interiormente e que, por este motivo, precisa me dilacerar. Eu tenho o direito de me defender de pessoas que estão interiormente enfermas e que por esta razão precisam tornar outras pessoas também doentes. Porém, eu não as vejo como inimigas e sim como pessoas que precisam de ajuda para harminizarem-se consigo mesmas. (...)
Apenas aquele que está em harmonia consigo mesmo pode reconciliar-se com as pessoas que o cercam. Aquele que está interiormente fragmentado também fragmentará as pessoas ao seu redor.
ANSELM GRÜN

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